domingo, 21 de novembro de 2010

Eu Sei Mas Não Devia


Poema: "Eu sei, mas não devia"

Por: Marina Colasanti






Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.

E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.

E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.

E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz.

E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.

A tomar café correndo porque está atrasado.

A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.

A comer sanduíches porque já é noite.

A cochilar no ônibus porque está cansado.

A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra.

E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos.

E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz.

E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.

A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.

A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita.

E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga.

E a ganhar menos do que precisa.

E a fazer fila para pagar.

E a pagar mais do que as coisas valem.

E a saber que cada vez pagará mais.

E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios.

A ligar a televisão e assistir a comerciais.

A ir ao cinema, a engolir publicidade.

A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma a à poluição.

À luz artificial de ligeiro tremor.

Ao choque que os olhos levam na luz natural.

Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável.

À contaminação da água do mar.

À luta.

À lenta morte dos rios.

E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.

Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.

Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.

Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.

Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.

E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.

Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesmo.

Ao fim, a gente se acostuma, MAS NÃO DEVIA

domingo, 3 de outubro de 2010

Depois?

"AMOR.
Anceios. Receios. Desejos.
Promessas de paraiso.
Depois sonhos. Depois risos.
Depois beijos.
E depois?
Depois Amados!
Depois dores sem remédio.
Depois prantos. Depois tédio.
E depois?
Depois NADA
"
PAULO MENOTTI DEL PICCHIA [1]


A madrugada já ia avançada; encontravam-se naquele breve momento, onde a noite já não mais conseguia manter sua escuridão, nem tampouco o dia tinha forças para raiar o sol.

Com os olhos pesados, ele mirou o espelho no lado oposto do quarto, e a imagem que viu refletida era, pra ele, quase que uma miragem.

Uma lufada de ar levemente frio, característico daquelas noites de inicio de outono golpeou sua face e ela simplesmente continuou ali, imóvel, sem mover um único músculo, deixando apenas seus pensamentos a levarem onde seus pés não podiam ir.

Ele se virou na cama, e após os segundos necessários para que seus olhos encontrassem o foco compatível com a meia luz do ambiente em que se encontravam ele pode vislumbrar as costas desnudas daquela que ele mais amava.

Apoiada com os cotovelos no parapeito da janela do 23° andar, ela revivia os maravilhosos momentos pelo qual acabara de passar.

Horas atrás ao chegar a seu apartamento ela se deparara com uma bela surpresa: já no corredor que ia do elevador à sua porta um caminho de pétalas, ladeado de velas conduziam seu caminho, e naquele momento um sorriso de satisfação percorria seu íntimo.

Como que em plena sincronia, os pensamentos dele também transitavam na noite que tiveram juntos.

Em pensamentos ele lembrou-se do olhar radiante que ela o havia dado ao cruzar a porta que os separavam, e perceber que ele a aguardava do outro lado da sala com um bouquet de rosas nas mãos.

Ela estava linda, como só ela podia estar, vestido leve sobre a pele, cabelos soltos e levemente bagunçados, o perfume que nesta hora avançada já havia se misturado com seu cheiro, e que pra ele era quase que um anestésico.

Abraçaram-se demoradamente, e ela o beijou com o melhor beijo do mundo, nesse breve momento suas pernas tremeram da mesma forma que haviam tremido tempos atrás quando se conheceram.

Ela queria saber o que, e porque daquilo tudo, mas sua resposta foi singela, Porque eu te amo! e era a mais simples verdade, ele a amava.

Ainda em seus braços ele pode ver uma lágrima solitária disparar rumo a suas bochechas, que coravam ao tom de morangos maduros; pulando em seu pescoço ela novamente o beijou.

Displicentes no chão da sala, beberam um vinho barato, e falaram da lua.

Depois jantaram a boa comida que ele dizia ter preparado.

Como que se depois de tanto tempo eu não soubesse, ela pensara, que ele mal sabe fritar um ovo, ou como que se eu não fosse reconhecer o fettuccine carregado no alecrim, que eu como toda semana no restaurante da esquina.

Mesmo assim, após satisfeita ela o elogiou e recostou-se em seu ombro.

Ele a afagou os longos cabelos castanhos, apertando levemente a nuca, e a beijou, uma, duas, dez vezes, correndo os dedos por sobre suas costas, e sentindo nesse momento a pele arrepiar-se, sorriu por dentro, ao perceber o efeito que ainda causava nela.

Afastou-se alguns centímetros para admirá-la, como você é linda, um sussurro saiu de seus lábios.

Com o ego quase que incontido, ela admirou seu olhos noturnos, de cílios longos, iguais aos que eram retratados nas velhas esculturas egípcias do museu que ela trabalhava.

Com verdadeira afeição ela escorregou a mão por sua têmpora direita, e apertou-lhe a nuca, trazendo-o junto a si, no mesmo instante em que ela sentia a palma da mão áspera atravessar o caminho do joelho ao fim de suas coxas, e não mais suportando a ânsia que a dominava ela pulou em seu colo e novamente o beijou, e como era bom o beijar, como era bom sentir o desejo que ele sentia por ela e que ela percebia aumentar, nesse momento.

Ele a virou sobre o tapete macio em que se achavam, e num ímpeto arrancou-lhe toda a roupa segurando os pequenos seios com ambas as mãos.

Podia sentia o desejo quente e úmido que emanava dela, e com todo seu ser fizeram amor, ou seria sexo? era os dois.

E se amaram, no chão, no sofá, e por fim na cama, que ele agora ocupava sozinho.

Satisfeita, de pé ao lado da janela, ela pode sentir ao longe o cheiro bom de café e de pão assando.

Ela não havia dormido um minuto sequer, e uma onda de cansaço percorreu seu corpo e ela espreguiçou-se.

Admirando-a ele sorriu ao vê-la espreguiçar, e sentiu uma pontada de desejo ao ver sua calcinha branca de algodão apertar-lhe a bunda, no movimento em que ela fazia.

Com a voz rouca, ele a chamou!

Ela se virou, e caminhou em sua direção.

Neste segundo uma brisa matinal correu pelo quarto, e algo misterioso aconteceu.

A cada passo que ela dava em direção à cama, era como se ela tivesse correndo na direção oposta, e um sentimento amargo apertava seu peito.

Após dizer seu nome, ele viu lampejar o sorriso que ela lhe deu.

Então ela partiu eternamente da janela rumo a seu encontro, e um frio incompreensivo mergulhou em seu estômago ao perceber algo diferente em seu semblante.

Sentada na ponta da cama ela pode perceber!

Não sabia o motivo, e em uma vã tentativa de achar uma explicação ela vasculhou seu ser.

Não houve resposta. Mas ela sabia, simplesmente sabia.

Os olhos se fitaram, e ao vê-la abrir a boca alguns milímetros ele chorou, um choro prolongado, sem razão, um pranto incontido. Ele chorou.

Ela se levantou, e com um nó na garganta colocou o vestido, que ele, horas atrás havia tirado.

Ela não precisava dizer, ele sabia o que seria dito e era demasiado doloroso ouvir, mas mesmo assim ela disse.

- Eu não te amo mais! Me desculpa.

Ecoou da sua garganta.

Ele queria saber o porquê, e sua pergunta foi quase que um pedido!

- Por favor, não!!!

- Eu não sei! Foi a resposta.

E era verdade, ela não sabia.

Tudo parecia em câmera lenta, ela foi em sua direção, e o beijo na testa que ela lhe deu foi gelado como a noite. Como ele queria que ela não o tivesse dado.

Ele não podia simplesmente aceitar. Mas não havia palavras em sua boca. Não havia nada que ele pudesse fazer, a não ser implorar, e ele implorou o quanto pode.

Mas foi tudo inútil.

Sob a soleira, ela deu uma ultima espiada no quarto por sobre seu ombro, e um triste pensamento lhe acontecia.

Até o amor, o mais puro e sublime amor, assim como todas as coisas também acaba, e a nós, simples amantes, só nos cabe amar.

Ela se virou e partiu.

[1] O Poema que abre o presente post, é uma reprodução não oficial do poema atribuido à Paulo Menotti Del Picchia. Del Picchia foi poeta, jornalista, advogado e romancista; paulista de Itapira, que viveu em São paulo entre os anos de 1892 e 1988, dentre suas obras estão: Poemas do vício e da virtude; Máscaras; Chuva de pedra; O amor de Dulcinéia; dentre outros diversos escritos.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Doce Encontro



Um breve conto sobre os momentos da descoberta de um amor...

Escrito pela minha pessoa, espero que gostem...



Ele não sabia o que fazer.O desejo o dominava, ele a queria, isso era tudo o que sabia.

Caminhou do banheiro pro quarto, e de lá de volta ao banheiro.

Que estranho, a ansiedade não fazia parte do seu cotidiano, mas bastava ele pensar naquele olhar, que suas pernas bambeavam.

Ela adornou-se naquela noite como nunca fizera antes.


Sentia-se uma tola, nem sequer o conhecia bem! Não sabia nada a seu respeito. Em sua memória somente a vaga lembrança de um sorriso franco e ligeiramente interessado, não cativante nem apaixonado, mas levemente interessado.


Banho gelado; precisava esfriar a cabeça. Olhou-se no espelho, o que via não lhe agradava, em resposta seu reflexo mostrava um alguém levemente relaxado, cabelos desgrenhados, barba por fazer. Vá à merda. Pensou.

Milhares de peças de roupas pela cama. Por fim, perfume suave, pouca maquiagem; um batom para marcar os lábios, sandálias sem salto e sobre a pele um vestido leve, não vulgar, mas capaz de despertar a imaginação até dos mais desinteressados, não queria estar provocante, apenas ela.

Em frente ao belo edifício ele discou seu número; dois toques e algo próximo ao desespero se espalhou por seu corpo.

Atende! Pensou.


Em cima da cama sob seus olhos o celular tocou insistentemente até que abruptamente parou!
Ele vai ligar de novo.

Silêncio...


LIGAAAA, um grito mudo surgiu em sua garganta, no mesmo segundo que o telefone tornou a tocar, um, dois, três...


- Alo! Ok estou terminando de me arrumar, já desço!


Olhou-a de forma singela, não queria deixar transparecer toda sua empolgação. Estava linda, como que se o simples fato de existir já fosse o suficiente.


Aproximaram-se.


Ela sentiu a pele arrepiar-se no braço esquerdo no exato momento em que os ralos pelos da barba tocaram seu rosto, no breve instante de um beijo no rosto.


Respirou fundo e inalou o aroma doce de seu perfume. Cumprimentou-a com um abraço que lhe permitiu sentir o cheiro de seus cabelos. Canela. A informação olfativa casava perfeitamente com a cor de sua pele. "Canela" repetiu baixinho enquanto se afastava.


Conversaram trivialidades do dia a dia, falaram de amores antigos, falaram de família, de amigos, falaram dos tempos de escola, do clima, falaram da risada um do outro, falaram dos sonhos, simplesmente falaram.


Eles eram um, tão certo quanto eram dois.


Seus olhos se cruzaram, tendo a simples distancia de uma mesa a os separar.


Ela viu desejo em seus olhos. Ele por sua vez, viu paz.

Então silêncio.

Virado para frente respirou fundo outra vez e sentiu dissipado o cheiro de sua pele, ou seria seu cabelo? Canela. Voltou-se para ela.


Ela tinha medo do que sentia, do que poderia acontecer.

Ele não mais conseguia se conter. Era como se fosse uma bomba prestes a explodir.

Sentiu o calor das mãos dele envolvendo as suas. Hesitou por um breve instante. Enfim rendeu-se e tocaram-se.


Sua pele era tão suave; ele definitivamente poderia passar o resto dos seus dias tocando-a.


Sentiu a mão dele deslizando sobre o seu braço, era como se mil volts subissem espinha à cima; sentiu um toque suave em sua face, fechou os olhos.


Estou entregue; pensou. Ele percebeu que ela estava. Um sorriso passou por seus lábios.


Com a mesma leveza sua mão desceu a cintura dela. Seus olhos se abriram.

A troca foi profunda. Ela pedia. Ele clamava.

Ele estava febril, os braços envolviam a sua cintura estavam a centímetros um do outro.

Ele admirou seus lábios carnudos, um breve lampejo passou por sua cabeça “CANELA”, voltou aos olhos castanhos profundos.


Ela sentiu o fulgor dos desejos dele e hesitou outra vez, mas eram apenas aparências, em seu íntimo ela salivava, o queria. "Acalme-se homem!" disse a si mesma.

Ele viu o rosto dela corar, pediu desculpas e elogiou o perfume que ela usava, ou seria o shampoo? “ahhahh CANELA”.

Ela agradeceu, avançando milésimos de centímetros; era o bastante.


Seus lábios tocaram-se.

Levou as mãos aos cabelos dele, prendeu entre os dedos e puxou-o para si, agarrando-lhe a nuca, enquanto ele a envolvia em seus braços febris.


Ele a beijou no pescoço.

Ela sussurrava de prazer, sentia a barba por fazer rasgado-lhe a pele delicada do colo.

Ele afastou uma mexa de cabelo solta que cobria aqueles olhos amendoados e a beijou com a urgência de quem jamais veria o amor de sua vida outra vez.

Ela o beijou outra e mais uma vez; sentir seus lábios grossos e macios era como morder uma romã madura.

Envolveu-a em seus braços e pediu sem dizer uma palavra que jamais o deixasse.

Ela o amava em silêncio, não sabia como acontecera, mas o amava.

Ele a deixou em casa. Abraçaram-se.


Ela beijou-lhe a testa e partiu.


Na porta de entrada de seu edifício ela deu uma espiadela e percebeu que ele ainda a olhava.


Nesse instante um pensamento comum aconteceu...

Eles poderiam se amar profundamente, e quase certeza que o iam, mas nunca mais se tocariam como nesta noite.

domingo, 8 de agosto de 2010

A Mulher é mesmo BELA


Há alguns dias me deparei com o texto abaixo, uma tradução poética da mulher, onde Paulo Coelho tenta expressar em algumas palavras o fascínio que temos por este ser incrível, achei que valia a pena compartilhá-lo com vocês, então ai está.


Não importa o quanto pesa.

É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher.

Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.

Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim.

Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra está bem.

Não nos importa quanto medem em centímetros é uma questão de proporções, não de medidas.

As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas.

Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo.

As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem.

Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.

Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura.

A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.

A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa.

Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.

As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas,porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco?

Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto.

Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim.

Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.

É essa a lei da natureza, que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.

Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês, porque nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher.

Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.

As jovens são lindas, mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes.

Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado.

O corpo muda, cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18, entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.

Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas, ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade, a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (sem sabotagem e sem sofrer); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.

Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza, são feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em um spa, viveram!

O corpo da mulher é a prova de que Deus existe.

É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, mimados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.

Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!

A beleza é tudo isto

Paulo Coelho, natural do Rio de janeiro é escritor filósofo e letrista brasileiro, torna-se famoso ao compor juntamente com Raul Seixas, companheiro que conhece em 1971, músicas que ficaram famosas na voz do eterno Raulzito, como Guita e sociedade alternativa. Passa a ser um sucesso literário em 1986 com a publicação do O Diário de um Mago, onde Paulo retrata sua cruzada pelo caminho de Santiago de Compostela um ano antes. Nos anos que se seguiram publicou mais de uma dezena de títulos, se tornando um dos escritores mais vendidos no mundo, ultrapassando a marca de 100 milhões de livros vendidos, em 66 idiomas, estando presente em mais de 150 países. Desde o ano de 2002 integra o quadro dos imortais da Academia Brasileira de Letras.

 


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