terça-feira, 31 de agosto de 2010

Doce Encontro



Um breve conto sobre os momentos da descoberta de um amor...

Escrito pela minha pessoa, espero que gostem...



Ele não sabia o que fazer.O desejo o dominava, ele a queria, isso era tudo o que sabia.

Caminhou do banheiro pro quarto, e de lá de volta ao banheiro.

Que estranho, a ansiedade não fazia parte do seu cotidiano, mas bastava ele pensar naquele olhar, que suas pernas bambeavam.

Ela adornou-se naquela noite como nunca fizera antes.


Sentia-se uma tola, nem sequer o conhecia bem! Não sabia nada a seu respeito. Em sua memória somente a vaga lembrança de um sorriso franco e ligeiramente interessado, não cativante nem apaixonado, mas levemente interessado.


Banho gelado; precisava esfriar a cabeça. Olhou-se no espelho, o que via não lhe agradava, em resposta seu reflexo mostrava um alguém levemente relaxado, cabelos desgrenhados, barba por fazer. Vá à merda. Pensou.

Milhares de peças de roupas pela cama. Por fim, perfume suave, pouca maquiagem; um batom para marcar os lábios, sandálias sem salto e sobre a pele um vestido leve, não vulgar, mas capaz de despertar a imaginação até dos mais desinteressados, não queria estar provocante, apenas ela.

Em frente ao belo edifício ele discou seu número; dois toques e algo próximo ao desespero se espalhou por seu corpo.

Atende! Pensou.


Em cima da cama sob seus olhos o celular tocou insistentemente até que abruptamente parou!
Ele vai ligar de novo.

Silêncio...


LIGAAAA, um grito mudo surgiu em sua garganta, no mesmo segundo que o telefone tornou a tocar, um, dois, três...


- Alo! Ok estou terminando de me arrumar, já desço!


Olhou-a de forma singela, não queria deixar transparecer toda sua empolgação. Estava linda, como que se o simples fato de existir já fosse o suficiente.


Aproximaram-se.


Ela sentiu a pele arrepiar-se no braço esquerdo no exato momento em que os ralos pelos da barba tocaram seu rosto, no breve instante de um beijo no rosto.


Respirou fundo e inalou o aroma doce de seu perfume. Cumprimentou-a com um abraço que lhe permitiu sentir o cheiro de seus cabelos. Canela. A informação olfativa casava perfeitamente com a cor de sua pele. "Canela" repetiu baixinho enquanto se afastava.


Conversaram trivialidades do dia a dia, falaram de amores antigos, falaram de família, de amigos, falaram dos tempos de escola, do clima, falaram da risada um do outro, falaram dos sonhos, simplesmente falaram.


Eles eram um, tão certo quanto eram dois.


Seus olhos se cruzaram, tendo a simples distancia de uma mesa a os separar.


Ela viu desejo em seus olhos. Ele por sua vez, viu paz.

Então silêncio.

Virado para frente respirou fundo outra vez e sentiu dissipado o cheiro de sua pele, ou seria seu cabelo? Canela. Voltou-se para ela.


Ela tinha medo do que sentia, do que poderia acontecer.

Ele não mais conseguia se conter. Era como se fosse uma bomba prestes a explodir.

Sentiu o calor das mãos dele envolvendo as suas. Hesitou por um breve instante. Enfim rendeu-se e tocaram-se.


Sua pele era tão suave; ele definitivamente poderia passar o resto dos seus dias tocando-a.


Sentiu a mão dele deslizando sobre o seu braço, era como se mil volts subissem espinha à cima; sentiu um toque suave em sua face, fechou os olhos.


Estou entregue; pensou. Ele percebeu que ela estava. Um sorriso passou por seus lábios.


Com a mesma leveza sua mão desceu a cintura dela. Seus olhos se abriram.

A troca foi profunda. Ela pedia. Ele clamava.

Ele estava febril, os braços envolviam a sua cintura estavam a centímetros um do outro.

Ele admirou seus lábios carnudos, um breve lampejo passou por sua cabeça “CANELA”, voltou aos olhos castanhos profundos.


Ela sentiu o fulgor dos desejos dele e hesitou outra vez, mas eram apenas aparências, em seu íntimo ela salivava, o queria. "Acalme-se homem!" disse a si mesma.

Ele viu o rosto dela corar, pediu desculpas e elogiou o perfume que ela usava, ou seria o shampoo? “ahhahh CANELA”.

Ela agradeceu, avançando milésimos de centímetros; era o bastante.


Seus lábios tocaram-se.

Levou as mãos aos cabelos dele, prendeu entre os dedos e puxou-o para si, agarrando-lhe a nuca, enquanto ele a envolvia em seus braços febris.


Ele a beijou no pescoço.

Ela sussurrava de prazer, sentia a barba por fazer rasgado-lhe a pele delicada do colo.

Ele afastou uma mexa de cabelo solta que cobria aqueles olhos amendoados e a beijou com a urgência de quem jamais veria o amor de sua vida outra vez.

Ela o beijou outra e mais uma vez; sentir seus lábios grossos e macios era como morder uma romã madura.

Envolveu-a em seus braços e pediu sem dizer uma palavra que jamais o deixasse.

Ela o amava em silêncio, não sabia como acontecera, mas o amava.

Ele a deixou em casa. Abraçaram-se.


Ela beijou-lhe a testa e partiu.


Na porta de entrada de seu edifício ela deu uma espiadela e percebeu que ele ainda a olhava.


Nesse instante um pensamento comum aconteceu...

Eles poderiam se amar profundamente, e quase certeza que o iam, mas nunca mais se tocariam como nesta noite.

domingo, 8 de agosto de 2010

A Mulher é mesmo BELA


Há alguns dias me deparei com o texto abaixo, uma tradução poética da mulher, onde Paulo Coelho tenta expressar em algumas palavras o fascínio que temos por este ser incrível, achei que valia a pena compartilhá-lo com vocês, então ai está.


Não importa o quanto pesa.

É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher.

Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.

Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim.

Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra está bem.

Não nos importa quanto medem em centímetros é uma questão de proporções, não de medidas.

As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas.

Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo.

As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem.

Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.

Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura.

A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.

A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa.

Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.

As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas,porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco?

Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto.

Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim.

Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.

É essa a lei da natureza, que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.

Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês, porque nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher.

Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.

As jovens são lindas, mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes.

Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado.

O corpo muda, cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18, entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.

Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas, ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade, a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (sem sabotagem e sem sofrer); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.

Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza, são feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em um spa, viveram!

O corpo da mulher é a prova de que Deus existe.

É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, mimados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.

Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!

A beleza é tudo isto

Paulo Coelho, natural do Rio de janeiro é escritor filósofo e letrista brasileiro, torna-se famoso ao compor juntamente com Raul Seixas, companheiro que conhece em 1971, músicas que ficaram famosas na voz do eterno Raulzito, como Guita e sociedade alternativa. Passa a ser um sucesso literário em 1986 com a publicação do O Diário de um Mago, onde Paulo retrata sua cruzada pelo caminho de Santiago de Compostela um ano antes. Nos anos que se seguiram publicou mais de uma dezena de títulos, se tornando um dos escritores mais vendidos no mundo, ultrapassando a marca de 100 milhões de livros vendidos, em 66 idiomas, estando presente em mais de 150 países. Desde o ano de 2002 integra o quadro dos imortais da Academia Brasileira de Letras.

 


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