domingo, 4 de abril de 2010

Exercite-se


Esse texto é uma forma de usarmos o cérebro, preste atenção!

(Autor Dexconhecido)




Sem nenhum tropeço, posso escrever o que quiser sem ele.

Pois rico é o português, fértil em recursos diversos.

Tudo permitindo, mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível.

Nele pode-se dizer tudo, com sentido completo, como se isto fosse mero ovo de Colombo.

Desde que se tente, sem se pôr inibido.

Pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português.

Puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso.

Instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.

Trechos difíceis se resolvem com sinônimos.

Observe-se bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo.

Brinque-se mesmo com tudo.

É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", ou o que quiser escolher.

Podemos, em estilo corrente, repetir sempre um som ou mesmo escrever sem verbos.

Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe.

Escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir.

Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos.

Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês.

Por quê?

Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.

Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores.

Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.


Descobriu o que está faltando?

Não?

Então veja a resposta abaixo.


Eis a resposta:
No texto, muito bem posto por sinal, não há, em nenhum lugar, a letra "a".
Você duvida? Então leia-o de novo.
 


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