domingo, 8 de agosto de 2010

A Mulher é mesmo BELA


Há alguns dias me deparei com o texto abaixo, uma tradução poética da mulher, onde Paulo Coelho tenta expressar em algumas palavras o fascínio que temos por este ser incrível, achei que valia a pena compartilhá-lo com vocês, então ai está.


Não importa o quanto pesa.

É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher.

Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.

Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim.

Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra está bem.

Não nos importa quanto medem em centímetros é uma questão de proporções, não de medidas.

As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas.

Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo.

As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem.

Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.

Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura.

A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.

A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa.

Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.

As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas,porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco?

Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto.

Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim.

Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.

É essa a lei da natureza, que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.

Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês, porque nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher.

Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.

As jovens são lindas, mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes.

Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado.

O corpo muda, cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18, entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.

Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas, ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade, a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (sem sabotagem e sem sofrer); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.

Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza, são feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em um spa, viveram!

O corpo da mulher é a prova de que Deus existe.

É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, mimados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.

Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!

A beleza é tudo isto

Paulo Coelho, natural do Rio de janeiro é escritor filósofo e letrista brasileiro, torna-se famoso ao compor juntamente com Raul Seixas, companheiro que conhece em 1971, músicas que ficaram famosas na voz do eterno Raulzito, como Guita e sociedade alternativa. Passa a ser um sucesso literário em 1986 com a publicação do O Diário de um Mago, onde Paulo retrata sua cruzada pelo caminho de Santiago de Compostela um ano antes. Nos anos que se seguiram publicou mais de uma dezena de títulos, se tornando um dos escritores mais vendidos no mundo, ultrapassando a marca de 100 milhões de livros vendidos, em 66 idiomas, estando presente em mais de 150 países. Desde o ano de 2002 integra o quadro dos imortais da Academia Brasileira de Letras.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O SÍMBOLO PERDIDO

"O segredo é saber como morrer.Desde o inicio dos tempos, o segredo sempre foi saber como morrer.O iniciado de 34 anos baixou os olhos para o crânio humano que segurava com as duas mãos. o crânio era oco feito uma tigela e estava cheio de vinho cor de sangue. Beba, disse a si mesmo. Você não tem nada a perder.
... - Preste seu juramento – disse o Venerável Mestre, com uma voz suave feito a neve – Complete sua jornada.
... - Que este vinho que agora bebo se transforme em veneno mortal pra mim... caso algum dia eu descumpra meu juramento de forma consciente ou voluntaria. Suas palavras ecoaram no espaço oco. Então o silêncio foi total. Firmando as mãos, o iniciado levou o crânio à boca e sentiu os lábios tocarem o osso seco. Fechou os olhos e o inclinou, bebendo o vinho em goles demorados, generosos. Depois de sorver tudo até a ultima gota, abaixou o crânio.
... Um agradável calor começou a percorrer seu corpo. O iniciado soltou o ar, sorrindo consigo mesmo enquanto observava o homem de olhos cinzentos que não desconfiava de nada e que acabara de cometer o erro de deixá-lo entrar para o circulo mais secreto de sua irmandade.
Você logo perderá tudo o que lhe é mais precioso."


O Símbolo Perdido, quinto livro de Dan Brow, terceiro que tem como personagem central o célebre professor de simbologia de Harvard, Robert Langdon.

Aplicando a mesma regra de suas histórias anteriores, Brow, nos apresenta nesta história um emaranhado de fatos – quer sejam reais ou criados pelo autor – que se passam a 200 Quilômetros por hora, fazendo com que aqueles que se debrucem por sobre suas páginas viajem na mesma velocidade.

Em linhas gerais, o Símbolo Perdido é um BOM livro, claro que para àqueles críticos “chatos” que se auto-intitulam literatos, este com certeza se tornará apenas mais um peso de papel de suas escrivaninhas empoeiradas.

Digo bom, porque apesar do ótimo enredo, as aventuras de Langdon na capital americana, que servem de pano de fundo para o Símbolo Perdido, nem se comparam às histórias por ele vividas no Vaticano em Anjos e Demônios e em Paris no Código da Vinci, tendo este alcançado números estrondosos de tiragem além de ser considerado o melhor livro de Brow, todavia, considera este que vos escreve, como sendo o primeiro (Anjos e Demônios) sua melhor obra.

A história nos apresenta um homem “maluco” Mal Akh que tem o corpo coberto por tatuagens e que crê que desvendando alguns mistérios escondidos pela Maçonaria em Washington DC, adquirirá um poder sobre-humano, que está adormecido dentro de cada um de nós só esperando ser (ligado). Este personagem, assim como os demais vilões das histórias de Brow, não mede esforços, nem tampouco se importa com a violência e brutalidade despendidos para atingir sua meta.

Em contrapartida, os adjetivos que permeiam seu antagonista, o professor Langdon, se limitam apenas a seu intelecto bem treinado e as horas de natação que fazem parte de sua rotina diária.

Langdon se depara novamente no meio de um caleidoscópio de mistérios e aventuras, do qual aparentemente tenta se afastar, mas que, assim como acontece àqueles que esperneiam na areia movediça faz com que Robert afunde-se cada vez mais nesta teia intrigante e perigosa.

Se em suas aventuras anteriores o célebre professor sempre esteve acompanhado de belas e fortes mulheres, a lembrar Vittoria Vetra, cientista do CERN de Anjos e Demônios e Sophie Neveu a criptologista da policia francesa de O Código da Vinci, em O Símbolo Perdido não poderia ser diferente, nesta história ele se envolve com a bela e madura Katherine Solomon, cientista do novíssimo ramo da Ciência Noética, estudos estes que têm por alicerce ambições que rumam, sem que ela saiba, no mesmo sentido dos obscuros intuitos de Mal Akh.

Katherine Solomon tem como mentor e incentivador seu irmão, o milionário Peter Solomon, honorário membro do 33 grau da maçonaria, o mais alto em sua hierarquia, que após ser seqüestrado pelo brutal vilão se vê inserto em seus planos de ascensão espiritual, e mediante violência, passa a revelar os segredos exotéricos da Maçonaria que há muitos anos haviam sido escondidos pelos fundadores de Washington na própria capital americana, e que agora estariam sob sua guarda.

Compete ao Simbologista Langdon, ir desvendando os mistérios revelados por Peter a Mal Akh, neste cerne, a história se desenvolve, com a passagem do nosso conhecido protagonista por pontos famosos da capital americana, como o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional dentre outros pontos que supostamente escondem mistérios imperceptíveis aos burros homens comuns que por ali passam, mas que são facilmente desvendados pelo famoso simbologista, Brown se utiliza sem rodeios da fórmula de Arthur Conan Doyle, no qual seu celebre personagem da Baker Street resolve os difíceis problemas pela simples lógica e dedução.

No meio desta epopéia, ganham vida alguns personagens caricatos e marcantes na história do Símbolo Perdido, como a pequena, porém obstinada chefe de investigações da CIA Inoue Sato, o misterioso arquiteto do capitólio Warren Bellamy, o Decano cego da Catedral Nacional reverendo Colin Galloway, além de grandes figuras da política e economia americana, que aparecem ameaçados por Mal Akh, por aparecerem em vídeos de rituais maçônicos, e que por mera incompreensão dos não iniciados poderiam prejudicar suas carreiras.

Após algumas voltas e reviravoltas, nosso herói, consegue com algumas ajudas inusitadas “salvar o dia”, mas não sem antes revelar um sem número de mistérios que servem apenas para reter a atenção dos leitores, e que dentro da proposta cumpre muito bem sua função, encerrando a história com um desfecho que explica o porquê da perseguição à família Solomon, salpicado por um clima romântico entre Langdon e Katherine.

Enfim, em linhas gerais, o Símbolo Perdido, é um livro que vale muito a pena, o qual todos, ou quase todos, excluindo algumas poucas exceções gostarão de desfrutar...

DIVIRTAM-SE!!!

domingo, 4 de abril de 2010

Exercite-se


Esse texto é uma forma de usarmos o cérebro, preste atenção!

(Autor Dexconhecido)




Sem nenhum tropeço, posso escrever o que quiser sem ele.

Pois rico é o português, fértil em recursos diversos.

Tudo permitindo, mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível.

Nele pode-se dizer tudo, com sentido completo, como se isto fosse mero ovo de Colombo.

Desde que se tente, sem se pôr inibido.

Pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português.

Puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso.

Instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.

Trechos difíceis se resolvem com sinônimos.

Observe-se bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo.

Brinque-se mesmo com tudo.

É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", ou o que quiser escolher.

Podemos, em estilo corrente, repetir sempre um som ou mesmo escrever sem verbos.

Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe.

Escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir.

Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos.

Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês.

Por quê?

Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.

Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores.

Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.


Descobriu o que está faltando?

Não?

Então veja a resposta abaixo.


Eis a resposta:
No texto, muito bem posto por sinal, não há, em nenhum lugar, a letra "a".
Você duvida? Então leia-o de novo.

domingo, 21 de março de 2010

O Dotô, e o Ladrão...


Depois de um longo, longo período ausente, uma pequena anedota pra descontrair...


O proximo post, vem logo logo...












Conta-se, que Rui Barbosa, "O Águia de Haya", um dia ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.

Chegando lá, deparou-se com um ladrão com a mão na massa, pronto pra levar seus patos de criação.

Ele, Rui, aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:

- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo... Mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.

E o ladrão, completamente confuso, diz:


- Dotô, resumindo, eu levo ou deixo os pato?...

domingo, 10 de janeiro de 2010

2010



"Há um tempo em que é preciso ABANDONAR as roupas usadas, que já têm a forma do corpo, e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É tempo de travessia, e se não ousarmos fazê-la teremos ficado para sempre a margem de nós mesmos.”

Autor desconhecido


Lembrando-me de uma crônica de Inácio de Loyola Brandão, sobre a Fábula do Homem Errado, me deu vontade hoje, lembrando do tema do homem que só usava um surrado terno cinza de enxertar algumas conclusões próprias nestes tempos de cólera, escândalos e pouca vergonha!
Como àquele homem, acho que também nasci errado!
Nunca sentei na primeira fila da São Paulo Fashion Week!
Nunca vi a Juliana Paes de perto!
Alias gostaria que soubessem que eu só acredito naquilo que eu possa tocar e sentir!
Por isso não acredito na Juliana Paes!
O carnaval vem ai!
E ainda não recebi nenhum convite, para nenhum camarote de qualquer uma das cervejas!
Não sou político!
Não tenho voto para vender, nem tenho como negociar minha adesão a este ou aquele projeto de lei!
Nunca guardei dinheiro nas meias!
Na mega sena da virada, dei uma virada! E ganhei um torcicolo!
Nunca recebi qualquer restituição do imposto de renda!
O Edgar Martolio jamais me convidou para visitar ilha de caras.
E no dia 31 só sai de casa porque a Angelina Jolie veio em casa me pegar de barco.
Não namoro nenhuma loira perua que usa sandália com salto 10!
Mas sei que ela não me ama, não me quer e nem me chama de Baudelaire.
Descobri com a ajuda de Woody Allen que o meu grande problema é um desejo intenso de retornar ao útero.
Qualquer útero!
Nunca soube o que a baiana tem!
Nunca o Roberto Dualib nem o Luiz Lara e muito menos o Nizan Guanaes me contrataram para usar camisetas de merchandising do tipo: EU AMO O SERRA!
Não desmato a Amazônia!
Não agrido a camada de ozonio!
E me irrito quando o senador Suplicy, completa uma resposta, porque ninguém se lembra mais da pergunta.
Sei que quem não deve não teme, mas ando temeroso de começar a dever com esses juros mal criados!
Sei também que a democracia é relativa e a corrupção absoluta!
Nunca vendi nada nos cruzamentos!
Não ganhei uma agenda encadernada neste natal!
E finalmente, ninguem ainda me convidou para uma patifaria, mas estou aberto ao diálogo!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Palavras...




“As palavras são assim, disfarçam muito, vão se juntando umas com as outras, parecem que não sabem onde querem ir, e de repente, por causa de duas, três ou quatro que de repente saem, mudam tudo por serem simples em si mesmas”

José Saramago
Nem sempre conseguimos traduzir em palavras aquilo que realmente queremos expressar, buscar compreender as palavras é um exercício de alma pura, característica das crianças, abaixo segue o texto de um escritor cearense que buscou traduzir o sentido das palavras para suas netas...


Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.

Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.

Amor ao próximo:É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.

Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.

Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.

Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.

Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.

Doutrinação: É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.

Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente estando apressado não reclama.

Evangelho: É um livro que só se lê bem com o coração.

Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.

Fé: É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito.

Filhos: É quando Deus entrega uma jóia em nossa mão e recomenda cuidá-la

Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.

Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.
Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.

Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.
Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.

Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.

Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.
Morte: Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade.
Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.
Obsessor: É quando o Espírito adoece,manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ele.

Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.

Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.

Paz: É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.

Perdão: É uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamais a teria.

Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.

Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.

Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.

Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.

Reencarnação: É quando a gente volta para o corpo, esquecido do que fez, para se lembrar do que ainda não fez.

Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.

Sexo: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.

Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.

Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.

Solidão: É quando estamos cercado por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.

Supérfluo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.

Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.

Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior.


Luiz Gonzaga Pinheiro é natural de Fortaleza (CE), onde exerce a profissão de professor de Ciências e de Matemática, na rede pública do Estado. Engenheiro pela Universidade Federal do Ceará e licenciado em Ciências pela Universidade Federal do Ceará, tem mais de uma dezena de livros publicados.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

E Se?




“Se eu tivesse a opção de esquecer os fatos do passado, ainda assim não o faria, por mais doloridos que estivessem cravados na minha memória; De nada me arrependo nessa vida. Prefiro me arrepender do que não fiz do que já foi feito. Afinal, é com as experiências (boas e ruins) que aprendemos e crescemos. E apagá-las da memória seria correr o risco de repetir os mesmos erros” Brilho eterno de uma mente sem lembranças

Dizem que arrependimento pode matar e que não vale a pena pensar no passado porque o que passou já não volta, que nada podemos fazer sobre isso.


Enfim, só porque Einstein postulou que era impossível não temos todos de acreditar nisso. Esse senhor até que era espertinho e tal mas não era engenheiro do universo e pode ter se enganado numa casa decimal.


Seja como for, até alguém tirar isso a limpo, para o bem da nossa saúde mental não é grande ideia andar sempre a matutar no que poderíamos ter feito de um modo diferente.


Não o fizemos, não quisemos, não pudemos ou não conseguimos.


E como tantos e tantos filmes e livros disseram e mostraram, qualquer alteração atirar-nos-ia provavelmente para uma realidade alternativa(maluca) em que tudo poderia ser radicalmente diferente, graças a uma cascata imprevisível de acontecimentos inter-relacionados, para pior ou para melhor (geralmente para pior).


Mesmo com tudo isto, não consigo deixar de pensar, sem querer cair num arrependimento estúpido de descontentamento com o que tenho e sou agora, sei que faria imensas coisas de um modo diferente.


Não para me ter poupado a sofrimentos ou para procurar algo que não tenho agora (isso faz parte do processo) mas para não desperdiçar algumas oportunidades que passaram em detrimento de outras coisas que tiveram o seu peso e importância mas que, aprendida a lição, não valeriam a pena voltar a viver (algumas nem uma vez quanto mais duas) pois o conhecimento e a experiência já estariam incorporados e assim teria mais tempo para outras coisas que não vivi ou conheci.


O clássico "se eu soubesse ontem o que sei hoje..."


Claro que certas coisas teriam sempre de acontecer, vez após vez, pelo que representaram, pelo que fizeram pela (de)formação do que sou, pelo papel (higienico ou não) que desempenharam e pelo que quero que continuem a ser no momento presente.


Já outras claramente não valeram todos aqueles grãos de areia da ampulheta (e, no entanto, provavelmente - quase certamente - umas não existiriam sem as outras).


Enfim, faz tudo parte da vidinha, por isso deixa-me cá aproveitar bem a minha enquanto posso porque há muita coisa para viver e meu rádio não toca sempre a mesma musica pela manhã!
 


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